domingo, 20 de setembro de 2009

Invisível por um dia

8:14 da manhã, e uma quase inexistência me domina. Sabe aqueles dias que você queria ser invisível pra não ter olhar pra cara de ninguém e ter que dar um falso bom dia, pra não ter que responder que tá tudo bem e todo mundo percebe que é mentira e daí ter que inventar uma história pra sua cara de morto. É assim que eu to me sentindo hoje: Morto.

Sexta-feira fui à um restaurante lindo com meus pais, na beira da praia, e tava um pôr-do-sol lindíssimo, em mil cores, e os barcos parados me trouxeram um paz enorme, tudo quieto, pacífico e lindo, consegui sentir o cheiro do mar pela primeira vez aqui, a comida estava ótima também.

No sábado fui à Odense com meus pais, que me mostraram a casa e museu de Hans C. Andersen (o autor da pequena sereia,do patinho feio e outros) foi muito interessante, ele sofreu pra caralho e conseguiu passar o aprendizado dele pras crianças. Depois fomos a um museu de arte bem bizarro, mas interessante também, tinha uma exposição de fotografia escolhida pelo princípe (tinha uma foto de um sertanejo lá), lindas fotos. Depois eles me levaram pra casa de Rebecca, depois chegaram o Rafa, a Larissa e a Babi e ficamos conversando e comendo brigadeiro, depois fomos à McDonald's (na ida Larissa e Babi levaram uma queda de bicicleta) comemos, conversamos e voltamos (na volta encontramos um carrinho de compras abandonado na estrada).

No domingo acordamos e fomos à cidade, comemos e fomos à um pub legal. Um fds ótimo, mas daí a desgraça começou... Meu celular descarregou e eu não tive como mandar uma mensagem pro meu pai pra dizer que horas eu chegava, tentei botar o chip no celular de Rafael e não pegou, o cartão com o numéro dele tinha esquecido em casa. 17:30 fui pra estação, o próximo trem só saía às 19:00, ok, voltei pra cidade sozinho, tomei um capuccino e voltei, peguei o trem, cheguei às 20:15 e tive que ir andando pra casa, eu tava preocupado, mas não sabia o que esperar quando chegasse em casa, 21:00 cheguei, minha mãe tava pegando o carro pra ir me procurar, meu pai soltou logo um "WHERE THE HELL HAVE YOU BEEN?" E falou um monte de coisas, me senti um lixo, agredido, errado, com vergonha, não consegui identificar como eu fiquei.

E aqui estou, com a mesma cara, indiferente, distante, escrevendo há 30 min no computador, enquanto a sala não parece se importar de qualquer jeito, ainda bem que não sou uma pessoa triste e calada naturalmente, eles simplesmente não fazem questão de lhe dar bom-dia se você não der primeiro.

É bizarro como toda a felicidade que dominava no caminho de volta pra casa ontem (feliz por tudo) se escondeu, rápida e bem escondida.

Só queria ser invisível por hoje, pra não ter que tá aqui, pra não ter que tá em casa, até esse estado de espirito estranho passar.

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